quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ouija e a Sociedade do Anel





Depois de andar algum tempo sobre mesa, o copo revelou o nome do assassino!

O que parecia ser uma brincadeira inocente de um noite desocupada de sábado, agora se transformava num pesadelo.

Ele estava ali! Na mesa, entre nós!

Até aquele momento achávamos que o crime havia sido resultado de um roubo, mas não, a explicação estava na nossa frente, na nossa cara! Eramos tão amigos até aquele momento, e a descoberta do nome de quem cometera o crime?Agora como ficaria?

Era difícil não notar a apreensão, de todos, em torno da mesa. Os sorrisos dessas ocasiões deram lugar a um silêncio estranho, pesado.

Éramos sete amigos, e todos fãs da obra de J.R.R. Tolkien, e nos designávamos como a Sociedade do Anel, nas nossas reuniões quinzenais, entre os diversos passatempos de nosso grupo, como diversão, consultávamos a Tábua, quase sempre em pequenas consultas, perguntas bobas, perda de objetos, quem estava ficando com quem, quem do grupo ganharia na loteria, entre outras besteiras semelhantes. Mas, dessa vez, alguém sugeriu que procurássemos saber o nome do assassino de nosso amigo, fato que nos chocara e que não completara um mês, e de quem a polícia não tinha a menor pista. Nem esperávamos algum resultado consistente a pergunta, era mais uma diversão, com algo sério, serviria até para diminuir o impacto da morte do amigo de forma tão trágica.

Deveríamos saber que não se brinca com o desconhecido, essa era a primeira consulta séria que fazíamos à Tábua, e a resposta surgira clara, inequívoca, trazendo para todos  um problema maior que imaginávamos, e junto com a certeza que se alguém ali matara outra pessoa, seria capaz de matar algum de nós com a mesma frieza e crueldade que ocorrera com nosso amigo.

Agora, a razão do crime se esclarecia, a Tábua revelara, o nome. Porque não pensamos nisso antes? Mas como e porque suspeitar de algum de nós?

Olhando, um por um, para ver a reação que aquela revelação causava no rosto dos cinco, o assassino tirou a pistola do bolso e ameaçou matar a todos que revelassem o seu nome e invocou um dos pilares de nossa Sociedade, o juramento de silêncio!

Paralisados e sem reação, juramos de imediato que não denunciaríamos!

Nossa Sociedade tinha regras rígidas para seus integrantes, havíamos feito isso para barrar a entrada de pessoas que não nos interessavam, e uma dessas regras basilares era o juramento de silêncio, que não poderia ser infringido sob pena de morte. Quando criamos essa regra, e as outras, em nenhum momento poderíamos supor que alguma situação em nosso grupo de amigos tomasse esse rumo.

Mesmo que tudo se rompesse naquele momento, o que não aconteceu, continuamos nos reunindo, e sujeitos à regra, perdemos a espontaneidade, aquela alegria inicial e o criminoso continua ao nosso lado. Talvez, no futuro, possamos colocar nas regras da Sociedade que seus integrantes não podem matar associados, sob pena de expulsão, mas agora como ele nos vigia e nós a ele, não podemos fazer nada, a não ser continuar nos encontrando e buscar novos elementos, além da Tábua para tornar nossas reuniões aparentemente agradáveis. Estou quase sugerindo aos que não têm, que comprem armas, também, talvez assim possamos nos defender dessa ameaça permanente.

Como tenho receio que quem cometeu o crime cumpra a promessa, apenas para se proteger e, como não posso romper o juramento, transfiro para o leitor a responsabilidade de descobrir o nome do criminoso e dar divulgação a isso, resguardando os outros e permanecendo todos protegidos. Por favor nos ajude, nossa situação é desesperadora!

Indicações para descobrir o nome do assassino:


1)O nome tem uma letra a menos que o número de inocentes na mesa.

2)O nome está relacionado ao título desse relato.

3) A forma de se obter o nome, nem sempre é indo em uma direção.



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